Itararé (SP), Durante a sessão da Câmara Municipal realizada em 24 de novembro, o vereador Dr. Filipe protocolou o Pedido de Informação nº 51/2025, solicitando esclarecimentos sobre o suposto uso irregular de um veículo oficial da Secretaria Municipal de Saúde. A denúncia preliminar aponta que uma van Mercedes Sprinter, placa FTX 4512, teria sido utilizada para o transporte de equipamentos particulares nos dias 14 e 15 de novembro, inclusive no feriado. Documento apresentado por vereador aponta possível utilização irregular de veículo público e reforça série de denúncias contra a gestão da secretária de Saúde.

Vereador aponta possível transporte de bens privados em veículo público
Segundo o parlamentar, relatos indicam que o veículo público teria tido seus assentos removidos para permitir o carregamento de equipamentos particulares com destino à Grande São Paulo. Dr. Filipe destacou que a denúncia ainda não configura acusação formal, mas enfatizou a necessidade de apuração.
“É nosso dever fiscalizar. Quando chegar a resposta oficial, poderemos informar com precisão. Mas diante dos indícios, a solicitação de informações é indispensável”, afirmou durante a sessão.
Vereador Dr Filipe
Pedido de Informação exige documentação completa e detalhada
O Pedido de Informação nº 51/2025 contém 12 questionamentos formais sobre o uso da van da Saúde nos dias citados. O documento solicita:
- percurso completo da van nos dias 14 e 15 de novembro
- nome dos servidores que retiraram e devolveram o veículo
- ficha de controle de quilometragem e registros de portaria
- roteiro de viagem no sistema de frota
- extratos de abastecimento e pedágio
- documentos sobre diárias e adiantamentos
- listagem exata de todos os itens transportados, com indicação se eram bens públicos ou particulares
- identificação de quem requisitou e quem autorizou o uso do veículo
- cópia integral da tramitação interna relativa ao deslocamento
O pedido reforça ainda que respostas evasivas ou incompletas podem gerar responsabilização administrativa, citando a Lei Orgânica do Município, o Decreto Lei 201 de 1967 e a Lei de Acesso à Informação.
Nova denúncia amplia série de problemas envolvendo a atuação da secretária Tais Chagas Félix
A gestão da secretária de Saúde, Tais Chagas Félix, já havia sido alvo de outras denúncias e reportagens relacionadas a viagens, ausências e omissão administrativa. Entre os episódios anteriormente noticiados estão:
- Itararé sem ambulância e a secretária viajando e fingindo demência
- Ambulância parada há meses e paciente levado em caminhão baú expõem omissão da secretária de saúde Tais Chagas Félix
- Saúde em crise, viagens e ausências de secretária da saúde geram denúncia ao Ministério Público
A nova apuração adiciona mais um ponto à sequência de questionamentos sobre a condução da pasta.
Cresce pressão popular por mudanças na Secretaria de Saúde
Embora a Prefeitura ainda não tenha se manifestado sobre o novo pedido, o desgaste político da secretária vem se intensificando. Nas redes sociais, moradores expressam forte insatisfação. Comentários apontam ausência de liderança, falta de comunicação e comportamento considerado irônico ou desrespeitoso por parte da gestora.
Sem mencionar nomes, diversos cidadãos afirmam que “a saúde perdeu o rumo”, enquanto outros cobram diretamente uma posição firme do Executivo. A percepção de distanciamento da secretária, que não reside na cidade, é frequentemente citada como fator agravante.
Entre os comentários mais recorrentes estão críticas ao fato de a secretária raramente atender a população, não responder a demandas básicas e realizar publicações interpretadas como deboche. Para parte dos moradores, tornou-se difícil justificar sua permanência no comando da pasta diante do acúmulo de crises e da crescente deterioração da confiança pública.
Pressão recai sobre o prefeito João Fadel
No campo político, o novo Pedido de Informação aumenta a cobrança sobre o prefeito João Fadel, que agora precisa definir se adotará medidas concretas diante da sucessão de denúncias ou se continuará apostando em uma condução discreta, enquanto o desgaste público se aprofunda.
O caso reforça a importância da transparência e do controle institucional. À imprensa cabe informar. Ao Legislativo cabe fiscalizar. Ao Executivo, responder de forma clara e assumir responsabilidades. A população, por sua vez, segue aguardando uma atitude mais firme diante da crise na saúde municipal.













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