Algumas das belezas naturais de Itararé (SP), conhecidas até então por apelidos informais, agora ganham identidade definida. Moradores se mobilizaram, com apoio da Secretaria Municipal de Turismo, para batizar quedas d’água sem denominação oficial, fortalecendo o vínculo da cidade com seus atrativos.
Os novos nomes fazem referência à história e à biodiversidade de Itararé, reforçando a identidade regional do município, já conhecido por seus mirantes e paredões rochosos de arenito com até 100 metros de altura. Confira:
- Cachoeira das 3 Quedas: descrição direta de sua formação em três saltos.
- Cachoeira das Tropas: homenagem ao tropeirismo e ao papel estratégico da região nas Revoluções de 1930 e 1932;
- Cachoeira Suçuarana: referência ao felino símbolo da fauna brasileira e da biodiversidade local;
- Cachoeira da Roda d’Água: resgate histórico do uso sustentável da força das águas;
- Cachoeira Tamanduá-Mirim: valorização de uma espécie singular da fauna da região;
De acordo com o secretário municipal de Turismo, a fixação de nomes ajuda na preservação, na orientação de visitantes e na construção de memória coletiva. A ideia é que cada ponto natural seja facilmente identificado em mapas, trilhas e materiais de divulgação, favorecendo um turismo mais organizado e responsável.
“Queremos proporcionar aos alunos um ambiente de visitação para a Educação Ambiental, reunindo elementos que evidenciem a importância de preservar a natureza e a memória cultural”, completa.
Edilson Moraes
O movimento também mira o fortalecimento do setor. Com identidade consolidada, as cachoeiras deixam de ser apenas cenário e se tornam experiências culturais, que conectam visitantes às tradições da cidade. A Secretaria informa que o trabalho prevê sinalização das trilhas, inclusão dos novos nomes em materiais oficiais e encaminhamento para procedimentos de oficialização quando cabível.
Com isso, Itararé reafirma sua vocação: além do turismo de aventura, um destino em que a memória popular molda o futuro do ecoturismo, transformando quedas d’água em patrimônios vivos do território.
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